quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Inovação - por Drucker

DRUCKER

O Propósito da Empresa

“Se desejarmos saber o que é um negócio devemos começar pelo seu propósito. E esse propósito deve estar situado fora do negócio em si. Deve estar na sociedade, uma vez que a empresa é um órgão da sociedade. E o único propósito válido é: criar um cliente.”

As duas funções da empresa
“Pelo fato de ser o seu propósito criar um cliente, qualquer empresa tem duas – e somente essas duas – funções básicas: o marketing e a inovação. São estas as funções empresariais.”

A empresa como órgão de desenvolvimento econômico

“Uma empresa pode existir apenas numa economia em expansão, ou pelo menos numa economia que considere a mudança tanto natural como desejável. E a empresa é o órgão específico do crescimento, da expansão e da mudança. A segunda função do negócio é, portanto, a inovação, isto é, a provisão de mercadorias e serviços melhores e mais econômicos. Não é suficiente que o negócio proporcione apenas um produto ou serviço econômico; deve proporcionar produtos ou serviços melhores e mais econômicos. Não é necessário que o negócio se torne maior, mas é necessário que nunca deixe de se tornar melhor”.

A Inovação
“A inovação pode tomar a forma de menor preço; mas também pode ser um produto novo e melhor (mesmo por um preço mais alto), uma nova comodidade ou a criação de uma nova necessidade. Pode ser o encontro de novas finalidades para produtos velhos”.
“A inovação atravessa todas as fases do negócio. Pode ser inovação no desenho, no produto, nas técnicas de marketing ou no serviço prestado ao cliente. Pode ser inovação na organização da gerência ou nos métodos de administração. Ou pode ser ainda uma nova apólice de seguro, que possibilite ao homem de negócios assumir novos riscos”.
“A inovação estende-se a todas as formas de negócio. É tão importante para um banco, uma companhia de seguros ou uma loja de varejo como é para a indústria e para a engenharia”.

O que é Inovação
“Inovação não é invenção, nem descoberta. Ela pode requerer qualquer das duas – e com freqüência o faz. Mas o seu foco não é o conhecimento, mas o desempenho – e numa empresa isso significa desempenho econômico. A inovação é aplicável à descoberta do potencial do negócio e à criação do futuro. Mas sua primeira aplicação é como estratégia, para tornar o dia de hoje plenamente eficaz e para levar a empresa existente para mais perto do ideal”.
“Inovação significa a criação de novos valores e novas satisfações para o cliente.”
“Inovação é a mudança que cria uma nova dimensão do desempenho.”

Bibliografia:
Organizações Inovadoras, de José Carlos Barbieri

A Inovação - por Schumpeter

A importância da inovação tem sido ressaltada por um sem-número de autores, dois dos quais merecem menção especial: Joseph Schumpeter, que se não foi o primeiro economista a falar sobre inovação, foi certamente quem mais destacou a sua importância e a contribuição para o desenvolvimento econômico; e Peter Drucker, que tratou - e continua tratando - do tema ao logo de toda a sua obra.

A partir da década de 1970, o tema inovação passou atrair um número sempre crescente de pesquisadores acadêmicos, que muito contribuíram para a compreensão dos mecanismos e circunstâncias em que se processam as inovações.

Na última década do século XX a inovação passou a ser reconhecida como um fator essencial para a competitividade e foi incluída na agenda estratégica de muitas organizações. Esse é o caminho que vamos percorrer nas próximas linhas.

SHUMPETER

Inovação e Desenvolvimento Econômico
Fazendo um retrospecto das teorias de Schumpeter sobre inovaçãom podemos ver o quanto são atuais muitas de suas idéias. Note-se que não se pretende aqui fazer uma análise da obra ou da teoria econômica schumpeteriana, mas apenas destacar alguns conceitos que são utéis para o entendimento das inovações e de sua importância.

Desenvolvimento
Schumpeter entende por desenvolvimento "apenas as mudanças da vida econômica que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa". O processo de desenvolvimento, portanto, não se confunde com "o mero crescimento da economia, demonstrado pelo crescimento da população e da riqueza". O desenvolvimento, no sentido adotado por Schumpeter, "é um fenômeno distinto, (...) uma pertubação do equilíbrio, que altera e desloca para sempre o estado de equilíbrio previamente existente".

Inovação
Essas mudanças - as "inovações" no sistema econômico - "são via de regra introduzidas pelos produtores, os quais, se necessário, "educam" os consumidores, que são, por assim dizer, ensinados a querer coisas novas ou coisas que diferem em um ou outro aspecto daquelas que tinham o hábito de usar. Esse conceito engloba os cinco casos seguintes:
1. introdução de um novo bem, ou de uma nova qualidade de um bem;
2. introdução de um novo método de produção, ou seja, um método que ainda não tenha sido testado pela experiência no ramo próprio da indústria de transformação, que de modo algum precisa ser baseada numa descoberta cientificamente nova, e pode consistir também em nova maneira de manejar comercialmente uma mercadoria;
3. abertura de um novo mercado, ou seja, de um mercado em que o ramo particular de indústria de transformação do país em questão não tenha ainda entradom, quer esse mercado tenha existido antes ou não;
4. conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens semimanufaturados, mais uma vez, independemente do fato de que essa fonte já existia ou teve que ser criada;
5. estabelecimento de uma nova organização para o negócio, como a introdução das lojas de departamento".
Inovação x Invenção
Schumpeter enfatiza que inovação não é sinômino de invenção. "É inteiramente imaterial se uma inovação provém de uma invenção ou não. Inovação é possível sem nada que possamos identificar como uma invenção, e uma invenção não necessariamente induz uma inovação; a invenção por si só não produz nenhum efeito economicamente relevante. (...) Mesmo quando a inovação resulta de uma invenção, que tanto pode ter acontecido autonomamente como em resposta a uma dada situação de negócio, as duas ações são, econômica e sociologicamente, duas coisas inteiramente diferentes, mesmo quando por acaso são executados pela mesma pessoa. As atitudes pessoais e os processos sociais que produzem invenções e inovações pertencem a diferentes esferas, e as relações entre ambas são muito mais complexas do que pode parecer à primeira vista".

Bibliografia:
Organizações Inovadoras, de José Carlos Barbieri

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Contabilidade: Situação Financeira versus Situação Econômica

Situação Financeira
A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do Balanço Patrimonial uma visão panorâmica da Situação Financeira da empresa a curto prazo (para o exercício social seguinte ao encerramento do Balanço).
Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente ás dividas da empresa (Passivo Circulante) são retirados do Ativo Circulante. Dessa forma, normalmente, se o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante, a empresa comercial ou industrial terá dificuldade em solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeira não é boa.
A Situação Financeira poderá, também, ser objeto de análise para situações a Longo Prazo. Nesse caso, incluiríamos ao Circulante, na comparação, o Realizável e o Exigível a Longo Prazo (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo ÷ Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo). Outras variáveis, enfim, seriam consideradas para uma análise da Situação Financeira da empresa.

Situação Econômica
Uma forma de avaliar a situação econômica é observar o Patrimônio Líquido da empresa e sua variação. Evidentemente, o crescimento real do Patrimônio Líquido vem fortalecer sua situação financeira.
A principal fonte de fortalecimento do Patrimônio Líquido é o “bom lucro”. Assim, a constante obtenção de resultado positivo (lucro) vem contribuir para uma situação econômica mais sólida.
O oposto também é uma realidade, isto é, o prejuízo (resultado negativo) vem enfraquecer a situação econômica da empresa.
Ressaltemos, entretanto, que, se o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) apresenta crescimento durante vários períodos, em proporção menor que o Capital de Terceiros, a situação econômica da empresa tende a enfraquecer.

Apuração do Resultado (Lucro ou Prejuízo)
A cada exercício social ou período contábil (que será de no máximo 12 meses) a empresa apurará o resultado de suas operações. Todavia, é recomendável que a empresa apure o sucesso (lucro) ou insucesso (prejuízo) em períodos mais curtos: mensais, trimestrais, quadrimensais etc.
O resultado pode ser positivo – Lucro (superávit), – ou negativo – Prejuízo (déficit).
O resultado é a diferença entre as Receitas (Vendas) e as Despesas.
Receitas - Despesas = Resultado

Impostos e Tributos em Geral

Tanto no Brasil como no restante do mundo, quando um ente estatal tomou forma e se constituiu num País/Estado, para o qual a população de determinado território foi obrigada se submeter às leis e aos comandos, também se instituíram dispositivos de manutenção econômica e financeira desse País/Estado. Assim, gradativamente, e mesmo que de forma diferenciada, foram criados mecanismos de controle da renda e dos produtos gerados nas regiões para sustentar a estrutura, a máquina administrativa, governamental e militar dos países.

Se voltarmos no tempo, veremos que, mesmo milhares de anos atrás, na época dos faraós, do império romano, nos diversos reinados e impérios, no decorrer do milênio anterior, seja sob forte influência religiosa em alguns momentos ou de apenas critérios de acumulação de poderio militar e da expansão de conquistas, invariavelmente, a figura do Estado considerado como país ou abrangência territorial de comando, sempre determinou que parte da produção fosse destinada a própria sobrevivência e manutenção da estrutura e dos serviços estatais.

Em nosso país, existem muitos tributos que foram criados para ao longo do tempo, de forma mais variada e com múltiplas siglas e significados, notadamente nos últimos 50 (cinqüenta) anos. Note-se que a questão da tributação no país remanesce desde o início da colonização pela Coroa Portuguesa. Lembremos que a Inconfidência Mineira (1789), segundo a história, teria eclodido em razão da pretensa e exagerada cobrança de tributos incidentes sobre a mineração do ouro.

Importante traçar a diferença entre Tributos e Impostos. Isto porque os tributos compõem o conjunto dos das obrigações tributárias do qual faz parte os impostos, taxas, contribuições e outros. Então os impostos fazem parte de uma espécie de tributo dentre tantos. Aliás, os impostos não se obrigam a determinado retorno, de forma geral podem ser aplicados onde o Estado/País melhor entender como prioritário e mais adequado. Isto é, os impostos são espécies de tributos de caráter genérico que não obriga nem vincula diretamente a prestação de um serviço pelo ente estatal. É preciso ressaltar que os entes estatais que aqui falamos, com seus agentes, são a União (Governo Federal), Estado (Governo Estadual) e Município (Governo Municipal).

Abaixo se descreve os tipos de tributos brasileiros mais importantes:


- Impostos Federais: de Importação (II), de Exportação (IE), de Produtos Industrializados (IPI), sobre Operações de Crédito e correlatas (IOF), sobre a Renda (IRPF/IRPJ), sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

- Impostos Estaduais: sobre Transmissão de bens por causa mortis e doações (ITCMD), sobre Propriedade de veículos (IPVA), sobre Circulação de Mercadorias e prestações de Serviços de transporte e comunicação (ICMS);

- Impostos Municipais: sobre Propriedade predial e territorial urbana (IPTU), sobre transmissão de imóveis inter- vivos (ITBI), sobre serviços de qualquer natureza (ISS);

- Taxas: as taxas são as mais diversas, sendo um tributo diretamente vinculado a prestação de um serviço para um contribuinte. O serviço pode ser considerado efetivo ou potencial. Isto é, na primeira hipótese quando o tributado paga pela utilização, e na segunda possibilidade é quando o contribuinte não utiliza, porém tem o serviço a sua disposição. Exemplo: serviço de água potável e esgotamento sanitário.

- Contribuições Sociais: Existe em número bastante razoável. Sendo uma das mais importantes àquela vinculada à seguridade social (INSS). Tais contribuições são tributos direcionados a arrecadação de recursos para certas áreas de interesse público, tanto para subvencionar o próprio ente estatal como a outros que colaborem com a administração pública (SENAI, SENAC..OAB…);

- Contribuições de Melhoria: é um tributo especifico para cobrir despesas de obras públicas que venham valorizar imóveis particulares, sempre tendo como limite tributável individual, o valor do acréscimo de valorização individual a cada contribuinte.

- Empréstimos compulsórios: Mesmo que alguns não entendam como tributo, mas como um contrato temporário, ocorre pela cobrança efetuada em determinado espaço de tempo e sobre especificado produto ou serviço, com a promessa de devolução num prazo declarado, sempre sob condições legais estipuladas pela sua instituição. No Brasil houve na década de 80 do século passado, a cobrança temporária de empréstimo compulsório sobre combustíveis automotores.

Porque são temas que envolvem diretamente o cidadão no seu cotidiano, o imposto de renda pessoa física (IRPF), a taxa de água e esgoto, a contribuição para o INSS, a cobrança do IPTU, merecem descrição e comentários mais detalhados em abordagens futuras. Entretanto, é certo que, mesmo os tributos que parecem distantes na interferência sobre a vida de cada cidadão, na verdade tem impacto sempre no cotidiano, porque é semelhante a uma reação em cadeia dentro do orçamento e da aplicação dos recursos da administração pública que, via de regra, repercute na existência e na vida do cidadão comum, mesmo que indiretamente.


Fontes:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988.
BRASIL. Código Tributário Nacional – Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966.
Fuhrer, Maximilianus Cláudio Américo e Maximiliano Roberto Ernesto.Resumo de Direito Tributário, 18ª, Malheiros, 2007.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Desenvolvimento de Novos Negócios

Uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de clientes e obter lucro com isso. Um empreendedor é a pessoa que identifica e explora oportunidades por meio da criação de uma empresa.

O processo de criar uma empresa pode ser resumido em cinco etapas principais:
  1. Idéia
  2. Avaliação da Idéia
  3. Plano de Negócios
  4. Implantação do Empreendimento
  5. Operação Regular
Cada uma dessas etapas é um projeto dentro de um projeto maior e em todas elas o empreendedor pode aplicar as técnicas da administração de projetos.

1. Idéia
Todas as idéias de novos negócios surgem de duas fontes principais:
1 - a criatividade do empreendedor
2 - o mercado, que, em seu sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade.

2. Avaliação de Idéias
Há muitos aspectos a considerar e planejar entre o surgimento de uma idéia e a criação de um negócio. Em certos casos, o empreendedor acredita mais na idéia do que na necessidade de fazer qualquer espécie de avaliação e tem os recursos para correr todos os riscos. De forma geral, no entanto, uma avaliação da viabilidade e dos riscos do empreendimento é recomendável.
Alguns dos aspectos a serem incluídos na avaliação de uma oportunidade são analisados a seguir:
1 - Viabilidade de Mercado
2 - Concorrência
3 - Viabilidade Técnica
4 - Controle Governamental
5 - Investimento inicial e Retorno

3. Plano de Negócios
Um plano de negócios é uma descrição detalhada do empreendimento - o produto ou serviço a ser fornecido e todos os aspectos da operação da futura empresa. O plano de negócios projeta a imagem da empresa como o empreendedor espera que ela seja, para orientar o processo de sua criação e implantação. O plano de negócios também pode ser a base para um pedido de financiamento.
A preparação de um plano de negócios é uma fase de um projeto maior, que é a criação da empresa.

4. Implantação do Empreendimento
O resultado da execução do plano de negócios é a implantação do empreendimento. A implantação envolve inúmeras tarefas, como a compra ou aluguel de um local e de equipamentos, a contratação e treinamento de pessoal, o desenvolvimento de sistemas administrativos e o início das operações, entre muitas outras.
Tudo isso deve ter sido previsto, agendado e orçado no plano de negócios. As ferramentas da gestão de projetos dão ao empreendedor a visão sistêmica das tarefas a realizar, evitando que aspectos importantes sejam negligenciados.
Assim, o plano de negócios deve conter uma parte dedicada ao planejamento da implantação, abrangendo, pelo menos, a estrutura analítica do projeto, o cronograma e o orçamento.

5 . Operação Regular
A extensão da implantação depende de decisão do empreendedor. Pode ser que, logo depois da inauguração, o novo negócio seja considerado uma operação regular. Um prazo maior, por exemplo, seis meses depois da inauguração, pode ser considerado dentro da implantação. Esse prazo permite que sejam feitos ajustes e a avaliação do desempenho do novo negócio. Desse modo, os custos de um período experimental de operações também podem ser incluídos no plano de negócios.
A operação propriamente dita é o funcionamento regular do sistema de transformação de insumos em produtos e serviços. A operação gera as receitas que permitem retorno do investimento e, como toda rotina, produz desgastes que precisam ser corrigidos - nos processos produtivos, nos equipamentos, nas qualificações da mão-de-obra e, principalmente, nos produtos e serviços, que podem tornar-se obsoletos ou sofrer a concorrência de novos competidores. As decisões a respeito dessas correções de rumo, de inovações e da expansão ou diversificação dos negócios pertencem ao terreno do planejamento estratégico. Muitas dessas decisões, especialmente aquelas que envolvem novos investimentos de grande porte ou modificações radicais nas rotinas, são postas em prática por meio de projetos. A operação alimenta os projetos, que retornam para as operações, num ciclo contínuo de aprimoramento dos produtos e serviços.

Balanço Patrimonial

É a principal demonstração contábil.

Reflete a Posição Financeira em determinado momento, normalmente, no fim do ano ou de um período prefixado. É como se tirássemos uma foto da empresa e víssemos de uma só vez todos os bens, valores a receber e valores a pagar em determinada data.

O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito, denominada Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do lado esquerdo, denominada Ativo. A razão de se atribuir o lado esquerdo para o Ativo e o direito para o Passivo e Patrimônio Líquido é mera convenção. Pela Lei das Sociedades por Ações, o lado direito é denominado apenas Passivo.

Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente, que representam benefícios futuros para a empresa.

Passivo
É o lado das dívidas, das obrigações. De fato, se a palavra Ativo tem uma conotação positiva, o termo Passivo tem um significado negativo, ou seja, no mundo dos negócios, obrigações, dívidas e, num sentido mais amplo, são os financiamentos.
Se divide em dois grandes grupos: o Exigível (dívida aos terceiros) e Não Exigível (dívida aos proprietários).

Patrimônio Líquido
É a riqueza da empresa, por exemplo, capital social, reservas de capital, reserva de lucros, lucros ou prejuízos acumulados.

Empowerment

Empowerment significa "atribuir poderes a alguém" e é uma palavra que traduz a prática de transferir poderes de decisão a funcionários individuais e a equipes. Levado ao extremo, o empowerment envolve não apenas a redefinição das atividades do funcionário, como também de suas competências e do papel do gestor. O empowerment vai além do simples alargamento e enriquecimento de cargos.
  • O empowerment envolve, primeiro, a transferência de atividades de planejamento, organização e controle, de um gestor para um funcionário ou uma equipe. Assim, o funcionário e a equipe tornam-se autogeridos, absorvendo parte importante das atribuições do chefe.
  • Segundo, o empowerment compreende o incremento das competências do funcionário, por meio de programas de capacitação contínua, de modo a assegurar a eficácia no desempenho de suas atribuições ampliadas.
  • Terceiro, o empowerment envolve a redefinição do papel de chefe, que assume funções semelhantes às de um técnico de equipe esportiva. O técnico orienta os jogadores, mas eles, uma vez no campo, são responsáveis por suas ações. O técnico fornece treinamento, apoio e orientação, para que os jogadores possam fazer seu trabalho sozinhos. Como técnico, o gestor esclarece quais são os obstáculos e como superá-los, procura eliminar regras desnecessárias e outras restrições e fornece recursos para a equipe.
Por exemplo:
  • Uma equipe pode realizar coletivamente atividades que antes estavam separadas. Em uma seguradora, os sinistros eram processados por funcionários que cuidavam, individualmente, de cada uma das etapas, como em uma linha de montagem. As etapas e os funcionários foram juntados em um grupo, que passou a ser responsável por todo o processo, sem a atribuição de tarefas especializadas a indivíduos. Além disso, o grupo toma decisões de natureza gerencial que são necessárias para seu funcionamento, tais como a programação do próprio trabalho, a escolha dos métodos e ferramentas de trabalho, a divisão de tarefas entre seus integrantes e a redistribuição dessas tarefas, no caso de alguém faltar.
  • Em algumas empresas industriais, as linhas convencionais de montagem foram substituídas por grupos autogeridos, que são responsáveis por todas as fases de um processo complexo, como a montagem de grandes equipamentos ou de veículos. Certas equipes autogeridas são responsáveis pelas compras de seus materiais, contando com recursos para isso, pela avaliação de seu próprio desempenho, são auto-organizadas e têm poder para autorizar faltas de seus integrantes e redistribuir o trabalho entre eles.

Motivação

No campo de administração, o estudo de motivação tenta explicar as forças ou motivos que influenciam o desempenho das pessoas em situações de trabalho. Uma vez que o desempenho das pessoas no trabalho depende, em parte, de sua motivação, e o desempenho da organização depende do desempenho das pessoas, a compreensão desse processo é de grande importância na administração das organizações.

O desempenho no trabalho é o resultado que uma pessoa consegue com a aplicação de algum esforço. O desempenho é positivo quando o resultado beneficia a própria pessoa, o grupo do qual ela participa, um cliente ou a organização na qual trabalha.

Ser aprovado num concurso, vencer uma competição, atender satisfatoriamente a um cliente ou montar corretamente um produto são exemplos de desempenho positivo. O desempenho na realização de qualquer tipo de tarefa ou objetivo é influenciado por inúmeras forças. Entre elas estão as forças chamadas motivos, que produzem a motivação para o trabalho.

Motivação para o trabalho é um estado psicológico de disposição, interesse ou vontade de perseguir ou realizar uma tarefa ou meta. Dizer que uma pessoa está motivada para o trabalho significa dizer que essa pessoa apresenta disposição favorável ou positiva para realizar o trabalho.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Controle na Empresa

O Controle pode ser definido como um conjunto sistemático de atividades voltadas para a verificação do grau de sucesso obtido por uma determinada ação ou programa. O Controle está intimamente relacionada ao planejamento. Para alcançar seus objetivos, a avaliação, implícita no controle, precisa ter como parâmetros fundamentais os objetivos traçados no momento do planejamento.

O Controle só se torna eficaz se contribuir para a melhoria dos processos e sistemas organizacionais. Para tanto, precisa estar sistemicamente articulados com o planejamento, de onde buscará os padrões de desempenho.

O ideal é que os padrões de desempenho tenham sido claramente definidos no momento do planejamento. Caso isso não ocorra, no entanto, deverá ser buscada uma referência a ser utilizada. Para tanto, podem ser tomados, por exemplo, o desempenho mantido por outras organizações ou mesmo o alcançado pela própria organização em períodos anteriores.

O fundamental é que, de alguma maneira, existam padrões, ainda que simples. Muito importante, também, é que os mesmos estejam claramente difundidos pela organização, de modo que sejam buscados por todos os envolvidos no processo.

Os gerentes contam com uma variedade de meios para obter informações de controle:
- Inspeção visual
- Dispositivos mecânicos ou eletrônicos de contagem e medição, como sistemas computadorizados de informações.
- Questionários.
- Sistemas automatizados de captura de informações, como feixes de raios laser que lêem códigos de barras.
- Relatórios verbais ou escritos.
- Gráficos e mapas.
- Escalas.

Na etapa final do processo de controle, a informação sobre o desempenho real é comparada com os padrões ou objetivos. Com base nessa comparação, pode-se iniciar uma ação para corrigir ou reforçar atividade ou desempenho.

De volta ao blog!

Boa tarde visitantes!

Durante de um tempo ausente, devido aos meus estudos... hj trarei boas e novas postagens nesse blog!

Sejam bem vindos!

Isabelle Salles

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A importância do Feedback

Feedback é o processo de comunicação que se estabelece com o objetivo de oferecer a uma pessoa ou grupo de informações sobre o grau de adequação de suas ações às expectativas de quem emite esse retorno. O estímulo à prática do feedback é muito importante para o desenvolvimento individual e organizacional. Quando não sabemos a opinião dos outros sobre nossos atos, ficamos muito mais propensos a erros, a não alcançar nossos objetivos.

A despeito de sua importância, o feedback nem sempre é bem vindo. Algumas pessoas têm especial dificuldade em aceitar suas próprias deficiências e, mais ainda, em admiti-las publicamente. Outros sentimentos negativos que podem ser associados ao recebimento de uma crítica são os de inveja, falta de apoio ou confiança e intromissão indevida. As pessoas que têm esse tipo de barreira contra o feedback costumam reagir defensivamente de diversas formas, da pura e simples negação da validade das opiniões emitidas à agressão retaliativa ao emissor do mesmo. É comum, na ocorrência desta segunda situação, que a pessoa que recebeu feedback passe a criticar violentamente o emissor apontando seus próprios erros e deficiências como forma de desautorizá-los a opinar.

Algumas pessoas revelam, por outro lado, insegurança em oferecer feedback, por remetem a reação de quem vai recebê-lo. Sendo, no entanto, da maior importância para o amadurecimento das relações pessoais e profissionais, precisamos adotar a prática do feedback como forma não só de aumentar a eficácia de nossa organização como de estabelecer relacionamentos mais adequados. O verdadeiro amigo não é o que evita criticar e sim o que aponta ao outro suas falhas, de modo a ajudá-lo a superá-los.

Algumas organizações têm investido em práticas sistemáticas de feedback. A avaliação de desempenho pode ser uma destas práticas com grande resultado, desde que seja feita de maneira adequada. Nos modelos mais modernos, essa avaliação é feita "em mão dupla", oferecendo-se ao funcionário avaliado a oportunidade de também avaliar seu chefe e a organização. Caixas de sugestão, pesquisas de satisfação, reuniões de avaliação, diálogo com sindicatos e órgãos de classe são outras formas mais comuns utilizadas para coletar opiniões dos funcionários.

Outro tipo de feedback que vem merecendo grande atenção em muitas organizações é a consulta nos clientes. Significativos investimentos têm sido efetuados em pesquisas de satisfação e era centros de atendimento aos clientes. Esta prática tem ajudado as organizações que a promovem a entender as expectativas e necessidades de seus clientes, visando melhor atendê-los.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Centralização X Descentralização

Uma das questões que precisam ser analisadas na definição de um modelo organizacional é o grau de centralização que o mesmo adotará. Os modelos tradicionais foram fortemente influenciados por duas das mais antigas instituições: a Igreja e o Exército, as quais caracterizam-se por um elevado grau de centralização.

A centralização tem como principais vantagens a manutenção da harmonia e coerência interna na tomada de decisões, além do ganho de escala que pode ser obtido em negociações com fornecedores e da economia, evitando-se a ocorrência de duplicidade de funções. Por outro lado, a descentralização proporciona uma maior proximidade entre quem decide e quem executa, além da possibilidade de adaptação da decisão às características peculiares a cada operação, bem como uma maior rapidez no processo decisório.

Um dos fatores responsáveis pelo aumento do grau de descentralização em muitas organizações foi a disseminação da informática. Com um pequeno investimento, qualquer empresa pode montar redes de informação que permitem o rápido acesso a bancos de dados, fazendo com que os gerentes dos setores descentralizados contém com o mesmo tipo de informação disponível nos escritórios centrais. A internet tem dado um impulso ainda maior a essa tendência pois, na realidade não é preciso mais nem mesmo montar uma rede própria, podendo ser utilizada a conexão pela grande rede.

Outro fator que favorece a descentralização é a adoção dos princípios da gestão da qualidade total. Para manter-se o atendimento aos clientes em alto nível é necessário que seja delegado um real poder decisório às pessoas que lidam diretamente com os mesmos. Por exemplo, ninguém fica satisfeito quando, ao procurar uma determinada empresa para resolver um problema, é atendido por pessoas que não possuem autonomia para resolver a questão e pedem que se aguarde uma solução, que virá após a consulta a órgãos superiores, consulta esta que demorará alguns dias. Numa situação dessas, a perda do cliente para a concorrência parece ser bastante provável.

Estatística

A Estatística utiliza-se através das teorias probabilísticas para explicar a freqüência de fenômenos e para possibilitar a previsão desses fenômenos no futuro.

Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações. Dado que o objetivo da estatística é a produção da melhor informação possível a partir dos dados disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.

A Estatística é uma ciência que se dedica à coleta, análise e interpretação de dados. Preocupa-se com os métodos de recolha, organização, resumo, apresentação e interpretação de dados, assim como tirar conclusões sobre as características das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as situações.


O papel da estatística na administração
Fonte: http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/242
Navegando na internet, é possível saber quantos analfabetos há em Angola, descobrir o número de desempregados na Índia ou conferir os índices de mortalidade infantil em Buenos Aires. Mas quantos filhos têm os seus vizinhos? Quantos desempregados existem na sua rua? O que a população de seu bairro mais precisa? São justamente essas informações que a população de Valência, capital do Estado de Carabobo, na Venezuela, está pesquisando.

- Queremos informações dos bairros, das favelas. Buscamos saber o que se passa no ambiente micro - detalha o economista Nelson Alfonso Sira Sanches, integrante da Oficina de Promoção e Assistência ao Cidadão e representante do município na conferência.

O levantamento ainda é restrito a um projeto piloto, que envolve cerca de 7 mil dos 900 mil habitantes. Mas a idéia é que se estenda por todas as nove regiões da cidade. Com base nas informações já colhidas, houve o diagnóstico dos problemas. Os dados sociais são cruzados com informações de satélite. O resultado é um mapa preciso e ainda incomum, pelo menos na América Latina.

- Damos visibilidade para atores sociais. Os levantamentos são feitos pela própria comunidade, que dispõe da confiança da população. A partir das informações, desenvolvemos programas ajustados à realidade da população.

O programa, chamado de Rede Observatório do Município de Valência, ainda não definiu a periodicidade com que os levantamentos serão realizados.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Superação: a Criatividade

Durante uma guerra em Japão, as bombas atômicas a ameaçavam e acabavam causando destruições no país, provocando escassez de gasolina. A população tiveram que deixar seus carros em sua residência. Um homem, graduado em faculdade, experiente em mecânica, adaptou um motor em bicicleta, tentando fazer-lo funcionar, e deu certo! E, ao exibir a "bicicleta motorizada" inventada por ele para o público, os vizinhos se tornaram seus clientes, e como havia pouca matéria-prima mas mesmo assim ele não desistiu, procurou ajuda de outras empresas para que pudesse fornecer-lhe a matéria-prima... Desde então o desempenho dele foi subindo e fundou-se uma empresa chamada Honda, a empresa internacionalmente conhecida hoje.

A partir dessa história, concluímos que um bom administrador é ter persistência, disponibilidade, e, nunca desiste!

Pontos Fortes:
  • Criatividade
  • Persistência
  • Obstinações
  • Inteligência
  • Conhecimento
  • Competência
Oportunidade:
  • Escassez de Gasolina

Missão, Visão e Valores de uma Empresa

O Conjunto formado pela Missão, Visão e Valores representa a identidade Organizacional.

Missão: É a finalidade da existência de uma organização. È aquilo que dá direção e significado a essa existência. A missão da organização está ligada diretamente aos seus objetivos institucionais, amos motivos pelos quais foi criada, a medida que representa a sua razão se ser.

Visão: É o sonho da organização. É aquilo que se espera ser num determinado tempo e espaço. A visão é um plano, uma idéia mental que descreve o que a organização quer realizar objetivamente nos próximos anos de sua existência. Normalmente é um prazo longo (pelo menos, 5 anos). Jamais confundir Missão e Visão: a Missão é algo perene, sustentável enquanto a Visão é mutável por natureza, algo concreto a ser alcançado. A Visão deve ser inspiradora, clara e concisa, de modo que todos a sintam.

Valores: Representam os princípios éticos que norteiam todas as suas ações. Normalmente, os valores compõem-se de regras morais que simbolizam os atos de seus fundadores, administradores e colaboradores em geral.

Exemplo:

Missão, Visão e Valores da Inovação Consultoria:

MISSÃO: Contribuir para o crescimento de nossa nação, partindo da juventude, através do desenvolvimento humano e empresarial, agregando valores e rompendo paradigmas.

VISÃO: Ser referência no ramo de atuação até meados de 2010, buscando aprimoramento contínuo e inovando sempre.

Valores: Ética, Transparência, Efetividade e Competência.

Toda empresa deveria se preocupar em formatar essas diretrizes. Muito mais que uma nova ferramenta de qualidade, a Missão, Visão e Valores de uma empresa representam na essência o que ela é, o que almeja ser e os valores que a norteiam.

Fonte: