sexta-feira, 25 de junho de 2010

Contabilidade: Situação Financeira versus Situação Econômica

Situação Financeira
A simples comparação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante propicia ao usuário do Balanço Patrimonial uma visão panorâmica da Situação Financeira da empresa a curto prazo (para o exercício social seguinte ao encerramento do Balanço).
Na verdade, os recursos financeiros (dinheiro) utilizados para fazer frente ás dividas da empresa (Passivo Circulante) são retirados do Ativo Circulante. Dessa forma, normalmente, se o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante, a empresa comercial ou industrial terá dificuldade em solver seus compromissos; portanto, sua Situação Financeira não é boa.
A Situação Financeira poderá, também, ser objeto de análise para situações a Longo Prazo. Nesse caso, incluiríamos ao Circulante, na comparação, o Realizável e o Exigível a Longo Prazo (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo ÷ Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo). Outras variáveis, enfim, seriam consideradas para uma análise da Situação Financeira da empresa.

Situação Econômica
Uma forma de avaliar a situação econômica é observar o Patrimônio Líquido da empresa e sua variação. Evidentemente, o crescimento real do Patrimônio Líquido vem fortalecer sua situação financeira.
A principal fonte de fortalecimento do Patrimônio Líquido é o “bom lucro”. Assim, a constante obtenção de resultado positivo (lucro) vem contribuir para uma situação econômica mais sólida.
O oposto também é uma realidade, isto é, o prejuízo (resultado negativo) vem enfraquecer a situação econômica da empresa.
Ressaltemos, entretanto, que, se o Patrimônio Líquido (Capital Próprio) apresenta crescimento durante vários períodos, em proporção menor que o Capital de Terceiros, a situação econômica da empresa tende a enfraquecer.

Apuração do Resultado (Lucro ou Prejuízo)
A cada exercício social ou período contábil (que será de no máximo 12 meses) a empresa apurará o resultado de suas operações. Todavia, é recomendável que a empresa apure o sucesso (lucro) ou insucesso (prejuízo) em períodos mais curtos: mensais, trimestrais, quadrimensais etc.
O resultado pode ser positivo – Lucro (superávit), – ou negativo – Prejuízo (déficit).
O resultado é a diferença entre as Receitas (Vendas) e as Despesas.
Receitas - Despesas = Resultado

Impostos e Tributos em Geral

Tanto no Brasil como no restante do mundo, quando um ente estatal tomou forma e se constituiu num País/Estado, para o qual a população de determinado território foi obrigada se submeter às leis e aos comandos, também se instituíram dispositivos de manutenção econômica e financeira desse País/Estado. Assim, gradativamente, e mesmo que de forma diferenciada, foram criados mecanismos de controle da renda e dos produtos gerados nas regiões para sustentar a estrutura, a máquina administrativa, governamental e militar dos países.

Se voltarmos no tempo, veremos que, mesmo milhares de anos atrás, na época dos faraós, do império romano, nos diversos reinados e impérios, no decorrer do milênio anterior, seja sob forte influência religiosa em alguns momentos ou de apenas critérios de acumulação de poderio militar e da expansão de conquistas, invariavelmente, a figura do Estado considerado como país ou abrangência territorial de comando, sempre determinou que parte da produção fosse destinada a própria sobrevivência e manutenção da estrutura e dos serviços estatais.

Em nosso país, existem muitos tributos que foram criados para ao longo do tempo, de forma mais variada e com múltiplas siglas e significados, notadamente nos últimos 50 (cinqüenta) anos. Note-se que a questão da tributação no país remanesce desde o início da colonização pela Coroa Portuguesa. Lembremos que a Inconfidência Mineira (1789), segundo a história, teria eclodido em razão da pretensa e exagerada cobrança de tributos incidentes sobre a mineração do ouro.

Importante traçar a diferença entre Tributos e Impostos. Isto porque os tributos compõem o conjunto dos das obrigações tributárias do qual faz parte os impostos, taxas, contribuições e outros. Então os impostos fazem parte de uma espécie de tributo dentre tantos. Aliás, os impostos não se obrigam a determinado retorno, de forma geral podem ser aplicados onde o Estado/País melhor entender como prioritário e mais adequado. Isto é, os impostos são espécies de tributos de caráter genérico que não obriga nem vincula diretamente a prestação de um serviço pelo ente estatal. É preciso ressaltar que os entes estatais que aqui falamos, com seus agentes, são a União (Governo Federal), Estado (Governo Estadual) e Município (Governo Municipal).

Abaixo se descreve os tipos de tributos brasileiros mais importantes:


- Impostos Federais: de Importação (II), de Exportação (IE), de Produtos Industrializados (IPI), sobre Operações de Crédito e correlatas (IOF), sobre a Renda (IRPF/IRPJ), sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);

- Impostos Estaduais: sobre Transmissão de bens por causa mortis e doações (ITCMD), sobre Propriedade de veículos (IPVA), sobre Circulação de Mercadorias e prestações de Serviços de transporte e comunicação (ICMS);

- Impostos Municipais: sobre Propriedade predial e territorial urbana (IPTU), sobre transmissão de imóveis inter- vivos (ITBI), sobre serviços de qualquer natureza (ISS);

- Taxas: as taxas são as mais diversas, sendo um tributo diretamente vinculado a prestação de um serviço para um contribuinte. O serviço pode ser considerado efetivo ou potencial. Isto é, na primeira hipótese quando o tributado paga pela utilização, e na segunda possibilidade é quando o contribuinte não utiliza, porém tem o serviço a sua disposição. Exemplo: serviço de água potável e esgotamento sanitário.

- Contribuições Sociais: Existe em número bastante razoável. Sendo uma das mais importantes àquela vinculada à seguridade social (INSS). Tais contribuições são tributos direcionados a arrecadação de recursos para certas áreas de interesse público, tanto para subvencionar o próprio ente estatal como a outros que colaborem com a administração pública (SENAI, SENAC..OAB…);

- Contribuições de Melhoria: é um tributo especifico para cobrir despesas de obras públicas que venham valorizar imóveis particulares, sempre tendo como limite tributável individual, o valor do acréscimo de valorização individual a cada contribuinte.

- Empréstimos compulsórios: Mesmo que alguns não entendam como tributo, mas como um contrato temporário, ocorre pela cobrança efetuada em determinado espaço de tempo e sobre especificado produto ou serviço, com a promessa de devolução num prazo declarado, sempre sob condições legais estipuladas pela sua instituição. No Brasil houve na década de 80 do século passado, a cobrança temporária de empréstimo compulsório sobre combustíveis automotores.

Porque são temas que envolvem diretamente o cidadão no seu cotidiano, o imposto de renda pessoa física (IRPF), a taxa de água e esgoto, a contribuição para o INSS, a cobrança do IPTU, merecem descrição e comentários mais detalhados em abordagens futuras. Entretanto, é certo que, mesmo os tributos que parecem distantes na interferência sobre a vida de cada cidadão, na verdade tem impacto sempre no cotidiano, porque é semelhante a uma reação em cadeia dentro do orçamento e da aplicação dos recursos da administração pública que, via de regra, repercute na existência e na vida do cidadão comum, mesmo que indiretamente.


Fontes:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988.
BRASIL. Código Tributário Nacional – Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966.
Fuhrer, Maximilianus Cláudio Américo e Maximiliano Roberto Ernesto.Resumo de Direito Tributário, 18ª, Malheiros, 2007.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Desenvolvimento de Novos Negócios

Uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de clientes e obter lucro com isso. Um empreendedor é a pessoa que identifica e explora oportunidades por meio da criação de uma empresa.

O processo de criar uma empresa pode ser resumido em cinco etapas principais:
  1. Idéia
  2. Avaliação da Idéia
  3. Plano de Negócios
  4. Implantação do Empreendimento
  5. Operação Regular
Cada uma dessas etapas é um projeto dentro de um projeto maior e em todas elas o empreendedor pode aplicar as técnicas da administração de projetos.

1. Idéia
Todas as idéias de novos negócios surgem de duas fontes principais:
1 - a criatividade do empreendedor
2 - o mercado, que, em seu sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade.

2. Avaliação de Idéias
Há muitos aspectos a considerar e planejar entre o surgimento de uma idéia e a criação de um negócio. Em certos casos, o empreendedor acredita mais na idéia do que na necessidade de fazer qualquer espécie de avaliação e tem os recursos para correr todos os riscos. De forma geral, no entanto, uma avaliação da viabilidade e dos riscos do empreendimento é recomendável.
Alguns dos aspectos a serem incluídos na avaliação de uma oportunidade são analisados a seguir:
1 - Viabilidade de Mercado
2 - Concorrência
3 - Viabilidade Técnica
4 - Controle Governamental
5 - Investimento inicial e Retorno

3. Plano de Negócios
Um plano de negócios é uma descrição detalhada do empreendimento - o produto ou serviço a ser fornecido e todos os aspectos da operação da futura empresa. O plano de negócios projeta a imagem da empresa como o empreendedor espera que ela seja, para orientar o processo de sua criação e implantação. O plano de negócios também pode ser a base para um pedido de financiamento.
A preparação de um plano de negócios é uma fase de um projeto maior, que é a criação da empresa.

4. Implantação do Empreendimento
O resultado da execução do plano de negócios é a implantação do empreendimento. A implantação envolve inúmeras tarefas, como a compra ou aluguel de um local e de equipamentos, a contratação e treinamento de pessoal, o desenvolvimento de sistemas administrativos e o início das operações, entre muitas outras.
Tudo isso deve ter sido previsto, agendado e orçado no plano de negócios. As ferramentas da gestão de projetos dão ao empreendedor a visão sistêmica das tarefas a realizar, evitando que aspectos importantes sejam negligenciados.
Assim, o plano de negócios deve conter uma parte dedicada ao planejamento da implantação, abrangendo, pelo menos, a estrutura analítica do projeto, o cronograma e o orçamento.

5 . Operação Regular
A extensão da implantação depende de decisão do empreendedor. Pode ser que, logo depois da inauguração, o novo negócio seja considerado uma operação regular. Um prazo maior, por exemplo, seis meses depois da inauguração, pode ser considerado dentro da implantação. Esse prazo permite que sejam feitos ajustes e a avaliação do desempenho do novo negócio. Desse modo, os custos de um período experimental de operações também podem ser incluídos no plano de negócios.
A operação propriamente dita é o funcionamento regular do sistema de transformação de insumos em produtos e serviços. A operação gera as receitas que permitem retorno do investimento e, como toda rotina, produz desgastes que precisam ser corrigidos - nos processos produtivos, nos equipamentos, nas qualificações da mão-de-obra e, principalmente, nos produtos e serviços, que podem tornar-se obsoletos ou sofrer a concorrência de novos competidores. As decisões a respeito dessas correções de rumo, de inovações e da expansão ou diversificação dos negócios pertencem ao terreno do planejamento estratégico. Muitas dessas decisões, especialmente aquelas que envolvem novos investimentos de grande porte ou modificações radicais nas rotinas, são postas em prática por meio de projetos. A operação alimenta os projetos, que retornam para as operações, num ciclo contínuo de aprimoramento dos produtos e serviços.

Balanço Patrimonial

É a principal demonstração contábil.

Reflete a Posição Financeira em determinado momento, normalmente, no fim do ano ou de um período prefixado. É como se tirássemos uma foto da empresa e víssemos de uma só vez todos os bens, valores a receber e valores a pagar em determinada data.

O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito, denominada Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do lado esquerdo, denominada Ativo. A razão de se atribuir o lado esquerdo para o Ativo e o direito para o Passivo e Patrimônio Líquido é mera convenção. Pela Lei das Sociedades por Ações, o lado direito é denominado apenas Passivo.

Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente, que representam benefícios futuros para a empresa.

Passivo
É o lado das dívidas, das obrigações. De fato, se a palavra Ativo tem uma conotação positiva, o termo Passivo tem um significado negativo, ou seja, no mundo dos negócios, obrigações, dívidas e, num sentido mais amplo, são os financiamentos.
Se divide em dois grandes grupos: o Exigível (dívida aos terceiros) e Não Exigível (dívida aos proprietários).

Patrimônio Líquido
É a riqueza da empresa, por exemplo, capital social, reservas de capital, reserva de lucros, lucros ou prejuízos acumulados.

Empowerment

Empowerment significa "atribuir poderes a alguém" e é uma palavra que traduz a prática de transferir poderes de decisão a funcionários individuais e a equipes. Levado ao extremo, o empowerment envolve não apenas a redefinição das atividades do funcionário, como também de suas competências e do papel do gestor. O empowerment vai além do simples alargamento e enriquecimento de cargos.
  • O empowerment envolve, primeiro, a transferência de atividades de planejamento, organização e controle, de um gestor para um funcionário ou uma equipe. Assim, o funcionário e a equipe tornam-se autogeridos, absorvendo parte importante das atribuições do chefe.
  • Segundo, o empowerment compreende o incremento das competências do funcionário, por meio de programas de capacitação contínua, de modo a assegurar a eficácia no desempenho de suas atribuições ampliadas.
  • Terceiro, o empowerment envolve a redefinição do papel de chefe, que assume funções semelhantes às de um técnico de equipe esportiva. O técnico orienta os jogadores, mas eles, uma vez no campo, são responsáveis por suas ações. O técnico fornece treinamento, apoio e orientação, para que os jogadores possam fazer seu trabalho sozinhos. Como técnico, o gestor esclarece quais são os obstáculos e como superá-los, procura eliminar regras desnecessárias e outras restrições e fornece recursos para a equipe.
Por exemplo:
  • Uma equipe pode realizar coletivamente atividades que antes estavam separadas. Em uma seguradora, os sinistros eram processados por funcionários que cuidavam, individualmente, de cada uma das etapas, como em uma linha de montagem. As etapas e os funcionários foram juntados em um grupo, que passou a ser responsável por todo o processo, sem a atribuição de tarefas especializadas a indivíduos. Além disso, o grupo toma decisões de natureza gerencial que são necessárias para seu funcionamento, tais como a programação do próprio trabalho, a escolha dos métodos e ferramentas de trabalho, a divisão de tarefas entre seus integrantes e a redistribuição dessas tarefas, no caso de alguém faltar.
  • Em algumas empresas industriais, as linhas convencionais de montagem foram substituídas por grupos autogeridos, que são responsáveis por todas as fases de um processo complexo, como a montagem de grandes equipamentos ou de veículos. Certas equipes autogeridas são responsáveis pelas compras de seus materiais, contando com recursos para isso, pela avaliação de seu próprio desempenho, são auto-organizadas e têm poder para autorizar faltas de seus integrantes e redistribuir o trabalho entre eles.

Motivação

No campo de administração, o estudo de motivação tenta explicar as forças ou motivos que influenciam o desempenho das pessoas em situações de trabalho. Uma vez que o desempenho das pessoas no trabalho depende, em parte, de sua motivação, e o desempenho da organização depende do desempenho das pessoas, a compreensão desse processo é de grande importância na administração das organizações.

O desempenho no trabalho é o resultado que uma pessoa consegue com a aplicação de algum esforço. O desempenho é positivo quando o resultado beneficia a própria pessoa, o grupo do qual ela participa, um cliente ou a organização na qual trabalha.

Ser aprovado num concurso, vencer uma competição, atender satisfatoriamente a um cliente ou montar corretamente um produto são exemplos de desempenho positivo. O desempenho na realização de qualquer tipo de tarefa ou objetivo é influenciado por inúmeras forças. Entre elas estão as forças chamadas motivos, que produzem a motivação para o trabalho.

Motivação para o trabalho é um estado psicológico de disposição, interesse ou vontade de perseguir ou realizar uma tarefa ou meta. Dizer que uma pessoa está motivada para o trabalho significa dizer que essa pessoa apresenta disposição favorável ou positiva para realizar o trabalho.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Controle na Empresa

O Controle pode ser definido como um conjunto sistemático de atividades voltadas para a verificação do grau de sucesso obtido por uma determinada ação ou programa. O Controle está intimamente relacionada ao planejamento. Para alcançar seus objetivos, a avaliação, implícita no controle, precisa ter como parâmetros fundamentais os objetivos traçados no momento do planejamento.

O Controle só se torna eficaz se contribuir para a melhoria dos processos e sistemas organizacionais. Para tanto, precisa estar sistemicamente articulados com o planejamento, de onde buscará os padrões de desempenho.

O ideal é que os padrões de desempenho tenham sido claramente definidos no momento do planejamento. Caso isso não ocorra, no entanto, deverá ser buscada uma referência a ser utilizada. Para tanto, podem ser tomados, por exemplo, o desempenho mantido por outras organizações ou mesmo o alcançado pela própria organização em períodos anteriores.

O fundamental é que, de alguma maneira, existam padrões, ainda que simples. Muito importante, também, é que os mesmos estejam claramente difundidos pela organização, de modo que sejam buscados por todos os envolvidos no processo.

Os gerentes contam com uma variedade de meios para obter informações de controle:
- Inspeção visual
- Dispositivos mecânicos ou eletrônicos de contagem e medição, como sistemas computadorizados de informações.
- Questionários.
- Sistemas automatizados de captura de informações, como feixes de raios laser que lêem códigos de barras.
- Relatórios verbais ou escritos.
- Gráficos e mapas.
- Escalas.

Na etapa final do processo de controle, a informação sobre o desempenho real é comparada com os padrões ou objetivos. Com base nessa comparação, pode-se iniciar uma ação para corrigir ou reforçar atividade ou desempenho.

De volta ao blog!

Boa tarde visitantes!

Durante de um tempo ausente, devido aos meus estudos... hj trarei boas e novas postagens nesse blog!

Sejam bem vindos!

Isabelle Salles