quarta-feira, 23 de junho de 2010

Empowerment

Empowerment significa "atribuir poderes a alguém" e é uma palavra que traduz a prática de transferir poderes de decisão a funcionários individuais e a equipes. Levado ao extremo, o empowerment envolve não apenas a redefinição das atividades do funcionário, como também de suas competências e do papel do gestor. O empowerment vai além do simples alargamento e enriquecimento de cargos.
  • O empowerment envolve, primeiro, a transferência de atividades de planejamento, organização e controle, de um gestor para um funcionário ou uma equipe. Assim, o funcionário e a equipe tornam-se autogeridos, absorvendo parte importante das atribuições do chefe.
  • Segundo, o empowerment compreende o incremento das competências do funcionário, por meio de programas de capacitação contínua, de modo a assegurar a eficácia no desempenho de suas atribuições ampliadas.
  • Terceiro, o empowerment envolve a redefinição do papel de chefe, que assume funções semelhantes às de um técnico de equipe esportiva. O técnico orienta os jogadores, mas eles, uma vez no campo, são responsáveis por suas ações. O técnico fornece treinamento, apoio e orientação, para que os jogadores possam fazer seu trabalho sozinhos. Como técnico, o gestor esclarece quais são os obstáculos e como superá-los, procura eliminar regras desnecessárias e outras restrições e fornece recursos para a equipe.
Por exemplo:
  • Uma equipe pode realizar coletivamente atividades que antes estavam separadas. Em uma seguradora, os sinistros eram processados por funcionários que cuidavam, individualmente, de cada uma das etapas, como em uma linha de montagem. As etapas e os funcionários foram juntados em um grupo, que passou a ser responsável por todo o processo, sem a atribuição de tarefas especializadas a indivíduos. Além disso, o grupo toma decisões de natureza gerencial que são necessárias para seu funcionamento, tais como a programação do próprio trabalho, a escolha dos métodos e ferramentas de trabalho, a divisão de tarefas entre seus integrantes e a redistribuição dessas tarefas, no caso de alguém faltar.
  • Em algumas empresas industriais, as linhas convencionais de montagem foram substituídas por grupos autogeridos, que são responsáveis por todas as fases de um processo complexo, como a montagem de grandes equipamentos ou de veículos. Certas equipes autogeridas são responsáveis pelas compras de seus materiais, contando com recursos para isso, pela avaliação de seu próprio desempenho, são auto-organizadas e têm poder para autorizar faltas de seus integrantes e redistribuir o trabalho entre eles.

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